Iniciamos este blog com a poesia do escritor Caúmo,finalizaremos, então com um depoimento, sobre como foi sua vida pelos bairros do Jabaquara.
"Morei no Jabaquara (Vila Guarani) de 1947 a 1958, na Rua Barra do Parateca, 107, travessa da Av. Diederichsen,quando casei.
Mudei para a Rua das Nhandirobas, 46, onde morei até 1971, quando me mudei para o Paraiso, Rua Abilio Soares, 625 ap 113 - Ed Tocabtins.
Hoje, aos 76 anos, moro em João Pessoa, onde estou desde 1997.
Nasci na Rua Itapeva, 81, no Bexiga (Bela Vista) em 1934.
Quando menino, fui padeiro, leiteiro, açougueiro (tempo da guerra). Vi nascer o Metrô, as torres do Itau.
Nossos passeios eram ir ao Aeroporto de Congonhas (onde subiam e desciam não mais que 10 aviões por dia) e também ao Parque do Estado (o orquidário). Não havia o zoológico nem o observatório.
Vi nascer a Imigrantes e a Av. Água Funda. Havia muitos campos de futebol na região. Onde está o pronto socorro municipal na Rua Maracá era o campo do Metal Jabaquara, um time da Metalúrgica que existia (ou existe) na Waldomiro de Lima.
Peguei muita greve de ônibus e fui muitas vezes a pé da Praça da Árvore até em casa, porque mesmo quando havia ônibus eram poucos e lotados. Não paravam no meio do caminho.
Meus pais faziam feira aos domingos na Rua Carneiro da Cunha - próximo à praça da Árvore - e iam a pé até a Vila Guarani, carregando sacolas.
A Av. do Café era de barro e a Diederichsen era uma passagem. Depois da Leonardo da Vinci, onde tem o clube da Vila Guarani (bochas, etc) onde faz a feira, era tudo cercado de ciprestes e havia um grande capinzal. Passávamos por dentro para ir ao Parque do Estado, passando próximo à Siderúrgica Aliperti.
Para pegar um ônibus e ir para o Centro - trabalhar - eu ia a pé até o ponto final do 12, na garagem e entrava na fila. Havia fila para quem quisesse ir sentado e outra para os de pé.
Telefone só havia na Farmácia do Renato e Odilon e quando pedíamos um para a nossa casa demorava em média 25 anos para instalar.
Tenho algumas propriedades no Jabaquara, na Av. Diederichsen, na Leonardo da Vinci e uma na Barro Branco, 48 - uma quadra de Tênis que está arrendada.
Tenho muitas histórias, sobre o Jabaquara e muitas lembranças."
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