terça-feira, 15 de junho de 2010

Depoimento de Caúmo

Foto arquivo pessoal


Iniciamos este blog com a poesia do escritor Caúmo,finalizaremos, então com um depoimento, sobre como foi sua vida pelos bairros do Jabaquara.


"Morei no Jabaquara (Vila Guarani) de 1947 a 1958, na Rua Barra do Parateca, 107, travessa da Av. Diederichsen,quando casei.
Mudei para a Rua das Nhandirobas, 46, onde morei até 1971, quando me mudei para o Paraiso, Rua Abilio Soares, 625 ap 113 - Ed Tocabtins.
Hoje, aos 76 anos, moro em João Pessoa, onde estou desde 1997.
Nasci na Rua Itapeva, 81, no Bexiga (Bela Vista) em 1934.
Quando menino, fui padeiro, leiteiro, açougueiro (tempo da guerra). Vi nascer o Metrô, as torres do Itau.
Nossos passeios eram ir ao Aeroporto de Congonhas (onde subiam e desciam não mais que 10 aviões por dia) e também ao Parque do Estado (o orquidário). Não havia o zoológico nem o observatório.
Vi nascer a Imigrantes e a Av. Água Funda. Havia muitos campos de futebol na região. Onde está o pronto socorro municipal na Rua Maracá era o campo do Metal Jabaquara, um time da Metalúrgica que existia (ou existe) na Waldomiro de Lima.
Peguei muita greve de ônibus e fui muitas vezes a pé da Praça da Árvore até em casa, porque mesmo quando havia ônibus eram poucos e lotados. Não paravam no meio do caminho.
Meus pais faziam feira aos domingos na Rua Carneiro da Cunha - próximo à praça da Árvore - e iam a pé até a Vila Guarani, carregando sacolas.
A Av. do Café era de barro e a Diederichsen era uma passagem. Depois da Leonardo da Vinci, onde tem o clube da Vila Guarani (bochas, etc) onde faz a feira, era tudo cercado de ciprestes e havia um grande capinzal. Passávamos por dentro para ir ao Parque do Estado, passando próximo à Siderúrgica Aliperti.
Para pegar um ônibus e ir para o Centro - trabalhar - eu ia a pé até o ponto final do 12, na garagem e entrava na fila. Havia fila para quem quisesse ir sentado e outra para os de pé.
Telefone só havia na Farmácia do Renato e Odilon e quando pedíamos um para a nossa casa demorava em média 25 anos para instalar.
Tenho algumas propriedades no Jabaquara, na Av. Diederichsen, na Leonardo da Vinci e uma na Barro Branco, 48 - uma quadra de Tênis que está arrendada.
Tenho muitas histórias, sobre o Jabaquara e muitas lembranças."

Comunicação não ocorre no vazio.


Foto por Kaue Luiz

A
comunicação é de vasta importância pra a existência humana, sem a comunicação a vida torna-se difícil, inexistente.
Precisamos nos comunicar na sociedade, tanto com palavras quanto com gestos, não existe um ser humano incomunicável, pois sem essa comunicação não conseguimos nem comprar um pãozinho para o café da manha.
Para muitas pessoas é inacreditável que ao pegarmos o ônibus e cumprimentar o cobrador, estamos nos comunicando, mas isso é também comunicação. E toda Comunicação não acontece no vazio, obviamente muitos dizem ou pensam que ao estar sozinho assistindo TV também está gerando comunicação, mas é ai que nos enganamos porque apenas estamos recebendo informações e não nos comunicando, ou seja, respondendo á informação recebida.
Contudo é importante saber que todo ser humano precisa se expressar na sociedade e para isso é necessário o uso da Comunicação, pois sem ela a vida se torna vazia.

Por Betriz Pereira

Culturalmente falando


Foto por Beatriz Pereira
Break no Metrô Conceição



Foto por Beatriz Pereira

Igreja São Judas Tadeu


Culturas são as práticas e as diversas ações sociais criadas pelo homem. Crenças, comportamentos, valores instituições e regras morais identificam e formam uma sociedade.

Dentro do conceito “cultura”, são criados alguns conceitos, dentre ele estão: Sociologia, ciências sociais, agricultura, filosofia e antropologia.

Os elementos culturais, permeiam apenas na mente das pessoas em seus símbolos, tais como os padrões artísticos e mitos. Além dessa abstração, fala-se também da cultura material que tem por seus produtos culturais as formas concretas como: Obras de arte, escritos, ferramentas, etc. Obviamente, a cultura material é preservada por mais tempo.

Nas matérias abaixo, iremos citar alguns exemplos de cultura, envolvendo as questões matérias e simbólicas:

Da estação Jabaquara ao centro, o metro Conceição é logo após São Judas e também tem algumas curiosidade e culturas diferentes.

Além dos centros empresariais e de prédios mais ornamentados, podemos encontrar – principalmente nos finais de semana – uma grande turma fazendo rodas de dança. O break é o foco. Com várias caixas de som e giros de muitos e muitos graus o movimento nos remete aos subúrbios de Nova Iorque, mas um fato ainda fica mais questionador. 70% dos participantes que ficam ali são descendentes de japoneses.

São Paulo é a cidade que mais tem japonês fora do Japão. Suas viagens para nosso país começaram quando as grandes guerras começaram. Assim como os italianos, formaram comunidades na cidade e hoje são parte do cenário paulistano. Mesmo com as diferenças entre as duas culturas (brasileira e japonesa) a coexistência é real, o bairro da Liberdade é uma prova dessa ideia. No bairro da zona sul, Conceição não é diferente, várias famílias japonesas por ali se instalaram, logo, seus jovens muito ligados nas rodas de dança, principalmente o break se divertem no piso liso da estação. Nos finais de semana, por ali também é possível ver bastante skate, patins e claro, simples pessoas

A igreja de São Judas Tadeu pode ser um dos exemplos mais rebuscados de cultura no Brasil. Pesquisas confirmam que nosso país é o segundo mais católico do mundo, perdendo apenas para Portugal. Daí a referência.

O catolicismo no Brasil vem desde as colonizações portuguesas, padres lusitanos catequizavam – ou tentavam catequizar – nossos índios para “civilizá-los”.

A religião no Brasil é bastante diferente das demais. Aqui é possível encontrar um sincretismo, uma miscigenação de categorias religiosas fazem essa diferença. A interferência da Igreja no Brasil é tão grande que a Legislação Brasileira é totalmente baseada no catolicismo que domina o país. Isso não acontece somente aqui, em legislações de outros países também é possível ver essa interferência, leis são fundamentadas mais em conceitos bíblicos, do que forenses.

É muito comum ver alguém sair de casa e, com a mão direita, fazer o sinal da cruz. Símbolo este completamente católico. Mas talvez o que esteja de mais forte no Brasil são os costumes. As crenças são muitas e a fé é muito grande, dando mais espaço aos santos.

Cada santo católico traz uma curiosidade, por exemplo: Santo Antonio “dá” namorados àqueles que o deixam de cabeça pra baixo, algo bem cultural e curioso. São Longuinho ajuda na busca de itens perdidos, se encontrar o tal item, será necessário dar três pulinho. Já São Judas Tadeu, o santo que doou nome a igreja da foto, é o santo das “causas impossíveis”. Essas são apenas algumas das características que definem a palavra cultura.


Por Carla Veruska

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Jabaquara - terra dos contrastes(Brasil, 2006, cor, 26min)direção: Francisco César Filho

Documentário bem interessante que, por meio de depoimentos e material de arquivo, mostra a evolução do bairro do Jabaquara. Fica perceptível como a chegada do metrô transformou a localidade em um centro urbano repleto de contrastes.


São Paulo é a maior cidade do Brasil e de todo o hemisfério Sul. O Jabaquara um bairro muito importante desta cidade.

O lema da cidade está escrito no seu brasão oficial, pela frase em latim "Non ducor, duco", com significado em português "Não sou conduzido, conduzo" serve de inspiração aos verdadeiros patriotas do país. Hoje em dia, são individuos raros na sociedade brasileira.
Quando visitamos o Jabaquara, para iniciarmos a captura de material jornalistico e publicitário sobre o bairro, iniciamos também uma jornada ao desconhecido, pois, mesmo com todos os membros do grupo morando em São Paulo, não conseguiamos nos encontrar para chegar aos locais que gostariamos.
Aconteceu por inumeras razões, dentre elas, não conhecermos o bairro além dos limites do metrô. Estávamos de carro e nos perdemos muito até conseguirmos entender melhor as vias de acesso ao Zoológico, por exemplo.
A sinalização no bairro que indica o rumo para o Zoológico é confusa e quem não conhece e costuma seguir placas de sinalização pode se confundir, mas nada melhor que o conhecido "boca a boca", para nos encontrarmos onde não conhecemos, pois, depender das sinalizações de trânsito que levam ao Zoológico, não é a melhor atitude a ser tomada, são sinalizações confusas que mais atrapalham do que ajudam. O porque de estar falando o que aconteceu conosco nessa pesquisa sobre o bairro, pode ser encarado como um "Momento Jabaquara", onde a inspiração reinou no momento que escrevemos este texto.

Por Paulo Roberto

Bairros


Fotos por Paulo Roberto
Bairros do Jabaquara

A favela próxima do Zoológico está localizada nas imediações entre a Avenida Imigrantes e a Miguel Estéfano avenidas que dão acesso ao Zoológico e ao Parque do Estado de São Paulo. No âmbito federal o Brasil vai muito bem, já no caso da cidade de São Paulo no âmbito estadual parece não ter o mesmo resultado.
Os bairros do Jabaquara, como vários de São Paulo se diferem entre si, e as diferenças são gritantes.
Mais um exemplo da grande diferença social paulista.


Por Paulo Roberto

Avenida Indianópolis


Foto Por Kaue Luiz
Predio Abandonado a Av.Indianópolis


Foto por Kaue Luiz
Prédio de Luxo na Indianópolis

Vários Contrastes

A subprefeitura do Jabaquara, continua ainda um pedacinho da Avenida Indianópolis, que começa na av. Jabaquara e termina na Av. Ibirapuera.
Por toda sua extensão a avenida tem contrastes, porém perto do metrô são Judas que sçao gritantes, é possível ver de um lado uma casa abandonada, com um entulho de lixo na frente, soltando um líquido mal cheiroso por quase toda a calçada. Do outro lado, por sua vez, um prédio luxuoso.A avenida se divide em ser comercial e residencial, porém ao cair da noite esse quadro muda, nas ruas paralelas avenida ou na própria avenida surge a prostituição.



Por Carla Veruska